06/04/2012

UM VASO DE ANGÚSTIA

Que não esperem de mim,
um ramalhete de túlipas
todos aqueles que até hoje
só me deram a cheirar, flores de tojo
e rebentos de erva azeda...!

Jamais poderei oferecer uma jarra florida
a quem toda a vida, dia a dia
só me ofereceu ignorância
e sorrisos de hipocrisia!

Não!
Não é possível descobrir orquídeas
num campo pejado de ervas daninhas...
E com calhaus de granito
não é possível falar de amor
nem da magia da cor...!

Aos que nunca me ensinaram
o que era um girassol
nem uma roseira brava...
Ofereço apenas, este vaso de angústia
que nunca mais acaba...!

José Gago

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