Para vocês, governantes da treta!
Para vocês, parasitas asquerosos
que estão aí, rindo de mim
bem do alto da vossa importância...
Vocês, que se divertem a escarnecer da minha tristeza...
Da minha pobreza...
Das minhas lágrimas...
Da minha vergonha...
Da minha fome...
Vocês, que com a vossa mediocridade
me passaram há muito, um atestado de inutilidade!
E com isso, esfrangalharam a minha auto-estima
a minha dignidade!
Digam-me!
Vocês estão a rir-se de quê?
Estão a rir deste farrapo humano que vocês próprios inventaram?
Que vocês próprios criaram e manipularam?
Estão a rir, por me terem roubado a vontade de sorrir?
Por terem apagado a luz que me iluminava as entranhas?
Por terem ceifado as flores que enfeitavam as minhas esperanças?
Palhaços!
Que mais farão vocês a seguir
para me deprimir?
Que mais vos falta fazer
para que o vosso riso possa ser ainda mais amplo?
Para que o vosso divertimento possa ser ainda mais completo?
Para que o vosso gozo possa ser total?
Digam-me, palhaços! Que vão vocês fazer?
Vão-me prender?
Pois então, prendam-me!
Porque mesmo na prisão, hei-de gritar bem alto a minha repulsa!
E mais alto ainda, gritarei os vossos nomes...
Incompetentes!
Ladrões!
Corruptos!
Assaltantes do povo!
Mas, se vocês porcos fascistas, acharem que sou um louco
e que prender-me, poderá ser pouco...
Então, dêm largas ao vosso prazer
e mandem-me abater...!
Mas não...! Vocês, são cobardes demais para isso!
Vocês sabem que não adianta matar um poeta!
Porque se um poeta vivo nunca se cala,
um poeta morto não perde a fala!
Por isso, vocês corja de abutres
não vão fazer-me nada!
Vocês sabem, que é tudo verdade, aquilo que eu vos digo!
Vocês sabem que são justos, os nomes que eu vos chamo!
Vocês canalhas, são uma vergonha!
Vocês são o esterco, que fez apodrecer este país!
Vocês são o cúmulo da futilidade
e a peste, que envenenou a sociedade!
Vocês, corja, não são governantes...
São porcos que chafurdam na podridão das vossas mentes!
São pavões, que se empanturram de vaidade!
E se lambuzam, no dinheiro que roubam ao povo
para destribuirem aos maços
pelos ricos, vossos amigalhaços!
Odeios, cambada!
Vocês são a merda que transbordou de uma qualquer fossa céptica
e se transformou num rio...
Que os há-de arrastar até à raiz, da grande puta que os pariu!
José Gago
José Gago - Poesia
06/09/2012
13/08/2012
JOSÉ ROSA GAGO - ( Poema acróstico )
Jamais serei poeta da saudade
Ostentando a tristeza como meta
Serei sim, um cantor da Liberdade
É esse o meu dever como poeta!
Reclamar os meus direitos, estar presente
Onde a minha poesia esteja em riste
Sem medo, agitar lá bem na frente
A bandeira da razão, que ao povo assiste!
Garantir a altivez do meu país
Abril aconteceu, é imortal...
Gritar ao mundo - Aqui, eu sou feliz
O meu país é livre, é Portugal...!
José Gago
Ostentando a tristeza como meta
Serei sim, um cantor da Liberdade
É esse o meu dever como poeta!
Reclamar os meus direitos, estar presente
Onde a minha poesia esteja em riste
Sem medo, agitar lá bem na frente
A bandeira da razão, que ao povo assiste!
Garantir a altivez do meu país
Abril aconteceu, é imortal...
Gritar ao mundo - Aqui, eu sou feliz
O meu país é livre, é Portugal...!
José Gago
OLÁ, LUANDA!
Olá, Luanda!
Minha alegre cabritinha enamorada!
Meu sumo de manga fresquinho
que eu bebi de madrugada...
Minha janela aberta
por onde vejo essa Angola
tão distante e tão amada...!
Olá, Luanda!
Da imensidão do mar anil...
Dos bairros de S.Paulo e do Cazenga
do campo do Grafanil...
Onde um dia morri por ti
antes de Abril...!
Olá, Luanda!
Minha savana incendiada
fogo posto no capim...
Tu és merengue, quizomba e batucada
saudade amontoada
que arde dentro de mim...!
José Gago
Minha alegre cabritinha enamorada!
Meu sumo de manga fresquinho
que eu bebi de madrugada...
Minha janela aberta
por onde vejo essa Angola
tão distante e tão amada...!
Olá, Luanda!
Da imensidão do mar anil...
Dos bairros de S.Paulo e do Cazenga
do campo do Grafanil...
Onde um dia morri por ti
antes de Abril...!
Olá, Luanda!
Minha savana incendiada
fogo posto no capim...
Tu és merengue, quizomba e batucada
saudade amontoada
que arde dentro de mim...!
José Gago
O BEIJO ROUBADO
Após a valsa rodada
que nós dançámos os dois
a dança que veio depois
foi muito mais complicada...
Decidi roubar-te um beijo
e levei uma estalada!
Foi um beijo sem maldade
sem ofensa p'ra ninguém
mas tu não achaste bem
essa minha liberdade...
E de uma coisa tão simples
formou-se uma tempestade!
Veio o teu pai e a tua mãe
veio também o teu irmão
instalou-se a confusão
não mais se entendeu ninguém...
Dei meia dúzia de socos
mas levei para aí uns cem!
E assim me ficou gravado
p'ra toda a eternidade
aquele beijo roubado
na febre da mocidade...
No bailarico mais falado
da nossa colectividade...!
José Gago
que nós dançámos os dois
a dança que veio depois
foi muito mais complicada...
Decidi roubar-te um beijo
e levei uma estalada!
Foi um beijo sem maldade
sem ofensa p'ra ninguém
mas tu não achaste bem
essa minha liberdade...
E de uma coisa tão simples
formou-se uma tempestade!
Veio o teu pai e a tua mãe
veio também o teu irmão
instalou-se a confusão
não mais se entendeu ninguém...
Dei meia dúzia de socos
mas levei para aí uns cem!
E assim me ficou gravado
p'ra toda a eternidade
aquele beijo roubado
na febre da mocidade...
No bailarico mais falado
da nossa colectividade...!
José Gago
11/08/2012
PERDIDOS E ACHADOS
Atenção!
Encontrou-se cabeça...
Perdida por uma razão qualquer,
tanto pode ser de homem, como de mulher...!
Pelo mau estado em que se apresenta,
revela nunca ter tido massa cinzenta...!
Todo o interior da sua estrutura,
demonstra avançados sinais de loucura...!
Também a sua superfície exterior
se apresenta muito combalida...
Devido às grandes cabeçadas,
que terá dado na vida...!
Mesmo que haja pouco a fazer-lhe...
Entrega-se a quem provar pertencer-lhe...!
José Gago
Encontrou-se cabeça...
Perdida por uma razão qualquer,
tanto pode ser de homem, como de mulher...!
Pelo mau estado em que se apresenta,
revela nunca ter tido massa cinzenta...!
Todo o interior da sua estrutura,
demonstra avançados sinais de loucura...!
Também a sua superfície exterior
se apresenta muito combalida...
Devido às grandes cabeçadas,
que terá dado na vida...!
Mesmo que haja pouco a fazer-lhe...
Entrega-se a quem provar pertencer-lhe...!
José Gago
TUDO E NADA
Eu sou o rio impaciente
que corre veloz...
Em busca da foz...!
Sou a onda indiferente
prenha de segredos...
Que esmaga a revolta, de encontro aos rochedos...!
Eu sou a nortada
persistente e fria...
Que agita a seara, ao final do dia...!
Eu sou tempestade e sou acalmia...
Sou o frio da tristeza...
Sou o sol da alegria...!
Sou a noite de breu
e sou a madrugada...
Sou o silêncio
e sou a alvorada...
Sou a partida
e sou a chegada...
Eu sou tudo...
E não sou nada!
José Gago
que corre veloz...
Em busca da foz...!
Sou a onda indiferente
prenha de segredos...
Que esmaga a revolta, de encontro aos rochedos...!
Eu sou a nortada
persistente e fria...
Que agita a seara, ao final do dia...!
Eu sou tempestade e sou acalmia...
Sou o frio da tristeza...
Sou o sol da alegria...!
Sou a noite de breu
e sou a madrugada...
Sou o silêncio
e sou a alvorada...
Sou a partida
e sou a chegada...
Eu sou tudo...
E não sou nada!
José Gago
FILHA PREDILECTA
É filha predilecta de Palmela,
a terra que eu mais amo e me alumia
Por ser Quinta do Anjo o nome dela,
tem anjos a guardá-la noite e dia...
Muito embora modesta, é altaneira
imponente no nome e tradição
Do trabalho teceu sua bandeira
e dorme em lençóis feitos de pão...
A serra dá o tom de verde e ouro
ao manto que cobre a sua nudez
O vinho dá-lhe o crisma dum tesouro
e a força do sangue bem português...
Os seus filhos leais, seguem o lema
fiéis à sua regra pioneira,
Amá-la como os versos dum poema
que se escreve e se canta a vida inteira...!
José Gago
a terra que eu mais amo e me alumia
Por ser Quinta do Anjo o nome dela,
tem anjos a guardá-la noite e dia...
Muito embora modesta, é altaneira
imponente no nome e tradição
Do trabalho teceu sua bandeira
e dorme em lençóis feitos de pão...
A serra dá o tom de verde e ouro
ao manto que cobre a sua nudez
O vinho dá-lhe o crisma dum tesouro
e a força do sangue bem português...
Os seus filhos leais, seguem o lema
fiéis à sua regra pioneira,
Amá-la como os versos dum poema
que se escreve e se canta a vida inteira...!
José Gago
15/07/2012
O CANDIDATO DO ZÉ
Portugueses!
É verdade que eu estou aqui
para vos pedir o vosso voto!
Mas ao contrário de outros candidatos
que andam por aí a prometer, aquilo que não podem fazer...
Eu não peço o vosso voto
apenas para me sentar na cadeira do poder...!
Eu peço o vosso voto, sim!
Porque sou um candidato diferente...
E quero fazer a mudança
e trazer a esperança a toda a gente!
Eu não sou o candidato da mentira
nem da incerteza...
Eu sou o candidato da verdade
e da certeza!
Blá blá... Blá blá...
Blá blá... Blá blá...
Sempre que há eleições...
Este é o discurso matreiro e costumeiro
dum qualquer candidato ao poleiro...!
Candidato que pondo em campo toda a sua habilidade...
afabilidade e boa fé...
Tem por único obectivo, caçar o voto ao Zé!
E como sempre... O Zé escuta!
O Zé pensa...
Torna a escutar...
Torna a pensar...
Medita!
Hesita!
Mas no fim, acredita...!
E assim, chegado o dia da eleição
o Zé todo pimpão...
Levanta-se cedinho
põe pés a caminho
e lá vai, pôr a cruz no quadradinho...!
E o Zé, está entusiasmado...
Está farto de ser enganado
mas desta vez, escolheu o candidato acertado...!
O escrutínio chegou...
O Zé aguardou...
O candidato ganhou
E o Zé festejou!
Logo mais, o eleito falou!
O Zé escutou...
E de tudo o que ouviu
o Zé não gostou...
E logo exclamou:
Porra!
Este gajo já me enganou!
Aquela criatura simpática, afável, e fagueira
que o Zé apoiava com cegueira...
Uma vez eleito
já não fala da mesma maneira!
E o Zé, na sua boa fé
mais uma vez, fez asneira!
Neste caminho de escolhos
de esperanças ao Deus dará...
Se o Zé não abrir os olhos
nunca mais iremos lá...!
José Gago
É verdade que eu estou aqui
para vos pedir o vosso voto!
Mas ao contrário de outros candidatos
que andam por aí a prometer, aquilo que não podem fazer...
Eu não peço o vosso voto
apenas para me sentar na cadeira do poder...!
Eu peço o vosso voto, sim!
Porque sou um candidato diferente...
E quero fazer a mudança
e trazer a esperança a toda a gente!
Eu não sou o candidato da mentira
nem da incerteza...
Eu sou o candidato da verdade
e da certeza!
Blá blá... Blá blá...
Blá blá... Blá blá...
Sempre que há eleições...
Este é o discurso matreiro e costumeiro
dum qualquer candidato ao poleiro...!
Candidato que pondo em campo toda a sua habilidade...
afabilidade e boa fé...
Tem por único obectivo, caçar o voto ao Zé!
E como sempre... O Zé escuta!
O Zé pensa...
Torna a escutar...
Torna a pensar...
Medita!
Hesita!
Mas no fim, acredita...!
E assim, chegado o dia da eleição
o Zé todo pimpão...
Levanta-se cedinho
põe pés a caminho
e lá vai, pôr a cruz no quadradinho...!
E o Zé, está entusiasmado...
Está farto de ser enganado
mas desta vez, escolheu o candidato acertado...!
O escrutínio chegou...
O Zé aguardou...
O candidato ganhou
E o Zé festejou!
Logo mais, o eleito falou!
O Zé escutou...
E de tudo o que ouviu
o Zé não gostou...
E logo exclamou:
Porra!
Este gajo já me enganou!
Aquela criatura simpática, afável, e fagueira
que o Zé apoiava com cegueira...
Uma vez eleito
já não fala da mesma maneira!
E o Zé, na sua boa fé
mais uma vez, fez asneira!
Neste caminho de escolhos
de esperanças ao Deus dará...
Se o Zé não abrir os olhos
nunca mais iremos lá...!
José Gago
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