Nasci no circo da vida
sem afecto nem regaço,
em noite de casa cheia
E o director de seguida,
designou-me palhaço
para animar a plateia...
Vesti meu corpo de mar
na cara a máscara que encobre
a lágrima alucinada
Sem tempo para sonhar
encarnei, palhaço pobre
sem direito a ser mais nada!
Na pista, eu fiz caretas
inventei truques sem fim
disse piadas a rodos
Dei saltos, fiz piruetas
todos se riram de mim
e só eu chorei por todos!
Repetidas e banais
já não causam gargalhadas
as graças que eu hoje faço
Divirto-me muito mais
assistindo ás palhaçadas,
de quem fez de mim, palhaço...!
José Gago
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