27/04/2012

Á ESPERA DO CUCO

Neste meu desejo permanente,
de fugir à monotonia e à estagnação...
Abro frequentemente
a janela da frente, da minha frustração!

Mas, nem o mar me traz prenúncios de acalmia
nem a maresia, perde o cheiro a solidão...!

Por mais que eu espreite, já não vejo os malmequeres
estenderem na campina, a sua toalha amarela...
Nem sei que rumo levaram as andorinhas
que dantes vinham dançar
de fronte à minha janela...!

Mas sabendo eu, que o cuco
canta sempre na primavera...
Corro as cortinas da descrença
e adormeço, à sua espera...

José Gago

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