O rio da minha amargura
tem a cor da noite escura
e margens de solidão...
As águas correm paradas
em marés desencontradas
sem ter Inverno, nem Verão...
Em vez de prata e cristais
tem sonhos mortos no cais
e barcos sem navegar...
Tem gaivotas doloridas
com asas frágeis, caídas
voando tristes p'ró mar...
Correndo sem direcção
não traz brisa nem canção
que rompa o silêncio atróz...
Transborda dor e loucura
o rio da minha amargura
não tem nascente nem foz...!
José Gago
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