Há uma voz que me chama do outro lado do mar...
Será o grito dum índio
um uivo do vento
ou um sopro de saudade, que me veio acordar...!
Há um rufar de tambor,
que ecoa para lá do pensamento...
E o refrão truncado, duma velha canção
perdida no tempo...!
Há o chilreio duma ave
um silvo de serpente...
Há um sonho apagado
por sobre a cinza quente...
Há uma labareda de queixume
que incendeia o teu rio...
Neste meu corpo em lume
que sem ti, morre de frio!
José Gago
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