Jamais serei poeta da saudade
Ostentando a tristeza como meta
Serei sim, um cantor da Liberdade
É esse o meu dever como poeta!
Reclamar os meus direitos, estar presente
Onde a minha poesia esteja em riste
Sem medo, agitar lá bem na frente
A bandeira da razão, que ao povo assiste!
Garantir a altivez do meu país
Abril aconteceu, é imortal...
Gritar ao mundo - Aqui, eu sou feliz
O meu país é livre, é Portugal...!
José Gago
13/08/2012
OLÁ, LUANDA!
Olá, Luanda!
Minha alegre cabritinha enamorada!
Meu sumo de manga fresquinho
que eu bebi de madrugada...
Minha janela aberta
por onde vejo essa Angola
tão distante e tão amada...!
Olá, Luanda!
Da imensidão do mar anil...
Dos bairros de S.Paulo e do Cazenga
do campo do Grafanil...
Onde um dia morri por ti
antes de Abril...!
Olá, Luanda!
Minha savana incendiada
fogo posto no capim...
Tu és merengue, quizomba e batucada
saudade amontoada
que arde dentro de mim...!
José Gago
Minha alegre cabritinha enamorada!
Meu sumo de manga fresquinho
que eu bebi de madrugada...
Minha janela aberta
por onde vejo essa Angola
tão distante e tão amada...!
Olá, Luanda!
Da imensidão do mar anil...
Dos bairros de S.Paulo e do Cazenga
do campo do Grafanil...
Onde um dia morri por ti
antes de Abril...!
Olá, Luanda!
Minha savana incendiada
fogo posto no capim...
Tu és merengue, quizomba e batucada
saudade amontoada
que arde dentro de mim...!
José Gago
O BEIJO ROUBADO
Após a valsa rodada
que nós dançámos os dois
a dança que veio depois
foi muito mais complicada...
Decidi roubar-te um beijo
e levei uma estalada!
Foi um beijo sem maldade
sem ofensa p'ra ninguém
mas tu não achaste bem
essa minha liberdade...
E de uma coisa tão simples
formou-se uma tempestade!
Veio o teu pai e a tua mãe
veio também o teu irmão
instalou-se a confusão
não mais se entendeu ninguém...
Dei meia dúzia de socos
mas levei para aí uns cem!
E assim me ficou gravado
p'ra toda a eternidade
aquele beijo roubado
na febre da mocidade...
No bailarico mais falado
da nossa colectividade...!
José Gago
que nós dançámos os dois
a dança que veio depois
foi muito mais complicada...
Decidi roubar-te um beijo
e levei uma estalada!
Foi um beijo sem maldade
sem ofensa p'ra ninguém
mas tu não achaste bem
essa minha liberdade...
E de uma coisa tão simples
formou-se uma tempestade!
Veio o teu pai e a tua mãe
veio também o teu irmão
instalou-se a confusão
não mais se entendeu ninguém...
Dei meia dúzia de socos
mas levei para aí uns cem!
E assim me ficou gravado
p'ra toda a eternidade
aquele beijo roubado
na febre da mocidade...
No bailarico mais falado
da nossa colectividade...!
José Gago
11/08/2012
PERDIDOS E ACHADOS
Atenção!
Encontrou-se cabeça...
Perdida por uma razão qualquer,
tanto pode ser de homem, como de mulher...!
Pelo mau estado em que se apresenta,
revela nunca ter tido massa cinzenta...!
Todo o interior da sua estrutura,
demonstra avançados sinais de loucura...!
Também a sua superfície exterior
se apresenta muito combalida...
Devido às grandes cabeçadas,
que terá dado na vida...!
Mesmo que haja pouco a fazer-lhe...
Entrega-se a quem provar pertencer-lhe...!
José Gago
Encontrou-se cabeça...
Perdida por uma razão qualquer,
tanto pode ser de homem, como de mulher...!
Pelo mau estado em que se apresenta,
revela nunca ter tido massa cinzenta...!
Todo o interior da sua estrutura,
demonstra avançados sinais de loucura...!
Também a sua superfície exterior
se apresenta muito combalida...
Devido às grandes cabeçadas,
que terá dado na vida...!
Mesmo que haja pouco a fazer-lhe...
Entrega-se a quem provar pertencer-lhe...!
José Gago
TUDO E NADA
Eu sou o rio impaciente
que corre veloz...
Em busca da foz...!
Sou a onda indiferente
prenha de segredos...
Que esmaga a revolta, de encontro aos rochedos...!
Eu sou a nortada
persistente e fria...
Que agita a seara, ao final do dia...!
Eu sou tempestade e sou acalmia...
Sou o frio da tristeza...
Sou o sol da alegria...!
Sou a noite de breu
e sou a madrugada...
Sou o silêncio
e sou a alvorada...
Sou a partida
e sou a chegada...
Eu sou tudo...
E não sou nada!
José Gago
que corre veloz...
Em busca da foz...!
Sou a onda indiferente
prenha de segredos...
Que esmaga a revolta, de encontro aos rochedos...!
Eu sou a nortada
persistente e fria...
Que agita a seara, ao final do dia...!
Eu sou tempestade e sou acalmia...
Sou o frio da tristeza...
Sou o sol da alegria...!
Sou a noite de breu
e sou a madrugada...
Sou o silêncio
e sou a alvorada...
Sou a partida
e sou a chegada...
Eu sou tudo...
E não sou nada!
José Gago
FILHA PREDILECTA
É filha predilecta de Palmela,
a terra que eu mais amo e me alumia
Por ser Quinta do Anjo o nome dela,
tem anjos a guardá-la noite e dia...
Muito embora modesta, é altaneira
imponente no nome e tradição
Do trabalho teceu sua bandeira
e dorme em lençóis feitos de pão...
A serra dá o tom de verde e ouro
ao manto que cobre a sua nudez
O vinho dá-lhe o crisma dum tesouro
e a força do sangue bem português...
Os seus filhos leais, seguem o lema
fiéis à sua regra pioneira,
Amá-la como os versos dum poema
que se escreve e se canta a vida inteira...!
José Gago
a terra que eu mais amo e me alumia
Por ser Quinta do Anjo o nome dela,
tem anjos a guardá-la noite e dia...
Muito embora modesta, é altaneira
imponente no nome e tradição
Do trabalho teceu sua bandeira
e dorme em lençóis feitos de pão...
A serra dá o tom de verde e ouro
ao manto que cobre a sua nudez
O vinho dá-lhe o crisma dum tesouro
e a força do sangue bem português...
Os seus filhos leais, seguem o lema
fiéis à sua regra pioneira,
Amá-la como os versos dum poema
que se escreve e se canta a vida inteira...!
José Gago
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