06/04/2012

DELÍRIOS

Arranco à terra ressequida
as raízes podres da indiferença
e deixo-me voar...
Nas voltas deste carrossel vertiginoso
que eu não sei como
nem quando, irá parar!

Na sonolência das ideias
vou desfolhando as pétalas cinzentas
das rosas colhidas no roseiral da utopia...
Perguntando ao vento
onde estão as canções de amor
que ele prometeu que me trazia...!

No silêncio de cada madrugada
sinto ecoar em mim
o grito da noite que se anuncia...
Mas nada me diz, se já é noite
ou se ainda é dia...

José Gago

Sem comentários:

Enviar um comentário

Nota: só um membro deste blogue pode publicar um comentário.