27/04/2012

PARA QUÊ A POESIA

Confesso que de vez em quando
divagando pela vida...
Sou assaltado por uma ideia maluca, que me leva a questionar,
se valerá a pena eu continuar
com esta minha mania, quase doentia
de escrever e amar a poesia!

Interrogo-me, se esta minha propensão
de escrever versos a esmo...
Não será uma mistificação
com que eu me engano a mim mesmo...

Não está em causa, o facto de escrever mal,
ou escrever bem...
O que eu pergunto, é, escrever para quê e para quem...?
Sim, porque quem escreve, gosta de ser lido
apreciado, reconhecido...

Ora, partindo do pricípio, que as pessoas não me ligam
que as pessoas me ignoram
e que não me atribuem qualquer valia...
Porque carga de água, essas mesmas pessoas
se hão-de interessar, ou gostar, da minha poesia...?
Mais a mais...
Não escrevendo eu certas tretas
que são apanágio de alguns poetas...
Isto é:
Historinhas...
Contos de embalar...
Poemas de saudade, para fazer chorar...
Enfim, coisas assim...!

Depois, também escrevo pouca religião
poucos milagres, poucos santos, pouco Deus...
E isso deve ser um dos grandes pecados meus...!

Mas pronto...
De vez em quando, sou assaltado por esta ideia maluca
que me leva a questionar
se devo ou não continuar, com esta minha mania
quase doentia...
De escrever e amar a poesia!

E a verdade, é que chego á conclusão que sim!
Que vale a pena!
Para já, é uma maneira de eu comunicar
desabafar, protestar...
E no dia em que eu me calar
de certeza, que alguma coisa há-de ficar!

Mais aqui, mais ali, ou mais além
haverá sempre alguém...
Que se vai lembrar que eu escrevia
coisas simples, sem valia...
Mas que eu amava
e chamava, de poesia...!

José Gago

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