06/04/2012

POETA À SOLTA

Sempre que eu escrevo
e me atrevo
a abrir em mim a porta da revolta...
Não mais sei onde estou, nem onde vou
apenas sei que sou, um poeta à solta!

Se me obrigam a escrever
na minha condição de revoltado...
Eu sou, por assim dizer
um carro destravado
que não mais pára em nenhum lado...!

É que eu, não sou de escrever versos amordaçados
ou castrados!
Os meus versos, são sempre punhais afiados
dardos lançados, ao peito do medo...
Gritos desbravados
que não morrem calados
nem pedem segredo!

Por isso, sempre que eu escrevo
e me atrevo
a abrir em mim a porta da revolta...
Eu sou como um rio sem foz!
Um poeta à solta
com lanças na voz...!

José Gago

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