Na corrente incontrolável,
deste rio sujo e bruto...
Vejo o meu país a afundar-se
minuto a minuto!
Sem que eu consiga perceber
se ninguém vê
ou se ninguém quer ver...!
Será possível, ninguém reparar na tristeza dos campos...?
Na agonia das flores...?
Será possível, ninguém ver o desmoronar das serras...?
A decadência dos rios...?
Será possível, que ninguém oiça o pranto das aves...?
O apelo das giestas...?
À derrocada da última esperança,
seguir-se-á a partida da ultima andorinha...
Abrindo o espaço
à catástrofe que se adivinha...!
S.O.S.
Que venham os Socorristas
os Sapadores...
Que venham os Artistas
os Doutores...
Mas venham depressa
e salvem os últimos valores!
José Gago
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