Frente à minha janela sem cortina
passa gente
ausente...
Vestida de silêncio!
Gente que se move como sombras!
Silhuetas sem rosto
em desatino...
Que caminham na bruma
sem vontade, nem destino...!
São corpos moribundos
mentes em declínio
tropeçando a cada passo...
São desejos ardidos
olhos perdidos
no tempo e no espaço...!
Ninguém olha...
Ninguém vê...
Ninguém fala...
Ninguém canta...
Ninguém sonha...
Frente à minha janela sem cortina
passa gente
ausente...
Vestida de silêncio!
José Gago
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