Não tentes embriagar-me
com o vinho que há nos teus lábios...
Decididamente, ele não reune a qualidade
nem o sabor da minha preferência...
O teu vinho, tem a cor turva da falsidade
o acre azedo da mentira
e o travo amargo da ausência...!
Eu bebo, sim!
Mas só bebo do que gosto!
E eu gosto é do néctar adamado da paixão...
Não gosto de zurrapa, com sabor a podridão!
Não tentes enganar-me,
com o vinho martelado dos teus lábios...
Eu não me embriago de ilusão
nem bebo com despudor...
Embora que não pareça
apenas perco a cabeça
em bebedeiras de amor...!
José Gago
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